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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ibitipoca, Tiradentes e Carrancas - MG

Aproveitei os dois dias de folga do trabalho e resolvi viajar de Quinta-feira ao Domingo. O plano inicial era passar estes quatro dias em Ilha Grande desbravando suas trilhas íngremes e praias paradisíacas, mas a previsão do tempo não ajudou e resolvemos alterá-lo. Se as praias de Ilha Grande não combinavam com tempo ruim, de repente um passeio de moto pelas Serras de Minas Gerais valeria a pena!




Barraca, saco de dormir, roupas, alguns mantimentos, equipamentos de proteção, garrafa d'água, câmeras fotográficas; tudo já estava pronto para ser amarrado a moto e partirmos desde às 9 horas da manhã. Mas, devido a um imprevisto, só conseguimos sair perto do meio dia.

  • Conceição do Ibitipoca

Uma parada obrigatória na Casa do Alemão de Petrópolis para comer deliciosos croquetes de carne e outra para reabastecer a moto e, depois de cerca de 280 km rodados, chegamos a vila de Conceição do Ibitipoca por volta das 16:30. Era uma quinta-feira comum, véspera de final de semana de eleições e no vilarejo não havia ninguém se não os próprios moradores da região.

Conceição do Ibitipoca é uma pequena e charmosa vila à 27 km da cidade de Lima Duarte. A principal atração, além do clima frio e da atmosfera da vila durante a noite, é Parque Estadua do Ibitipoca. Dentro do parque existem três roteiros recomendados de passeios: o Circuito Janela do Céu, o Circuito Pico do Pião e o Circuito das Águas. Os dois primeiros são caminhadas mais longas e exigirão, além de preparo físico, praticamente um dia inteiro. O percurso de ida e volta é de cerca de 16 km para a Janela do Céu e 10 km para o Pico do Pião. Já o Circuito das Águas é menos exigente, o percurso é de cerca de 5 km (ida e volta) com pontos para parada e apreciação durante toda a caminhada, o que torna o passeio muito menos cansativo e não menos interessante.


Vista da trilha para a Janela do Céu

Pico do Pião (1.722 metros)

Cachoeira dos Macacos (Circuito das Águas)

  • Onde ficamos em Ibitipoca?

Chegamos no final da tarde da quinta-feira, exaustos de andar de moto, e tudo que fizemos foi ir direto procurar onde nos acomodarmos. As Pousadas giravam em torno de 90 reais por casal, mas havíamos levado equipamento de camping e decidimos por usá-lo. Havia a possibilidade de acamparmos dentro do Parque Estadual, mas o valor era de 30 reais por pessoa e não poderíamos mais sair de lá depois das 17:30. Como queríamos curtir a atmosfera da vila durante a noite optamos por ficar no Camping Ibitilua pagando 12 reais por pessoa.

Camping Ibitilua: (32) 3281-8211 / 8407-5284
Camping do Parque Estadual: (32) 3281-1101

O Camping Ibitilua possui bastante espaço para Barracas, opção por acomodação em Chalés e boa estrutura de banheiros, refeitório e churrasqueira. Fica localizado bem no centro da vila, de frente para a padaria Ibitipão e é vizinho de vários restaurantes e bares. Acomodação simples, mas de bom grado.

  • O que fizemos em Ibitipoca?

Acordamos na sexta-feira um pouco atrasados, por volta das 10:00. Como o plano inicial era visitar o Parque Estadual e seguir para Carrancas no mesmo dia, não tivemos tempo de fazer os roteiros mais longos e acabamos por fazer unicamente o Circuito das Águas.

O Parque Estadual do Ibitipoca é um passeio imperdível para quem passa por lá. Fundado em 1973, tem área total de 1488 hectares e altitude média de 1.500 m. A infra-estrutura é excelente, possui portaria, lanchonete, anfiteatro, centro de visitantes e até camping.

Uma característica particular da região é a cor da água. De acordo com a profundidade, os tons variam de transparente a vermelho escuro, passando pelo amarelo. A vegetação cresce nas pedras e o visual é único.


Praianha, Lago dos Espelhos e Lago Negro (Circuito das Águas)

  • Tiradentes

Por volta das 14:30, muito antes do que gostaríamos, saímos da reserva para voltar ao camping e preparar as coisas para seguir viagem. O plano inicial era rodar cerca de 140 km até Carrancas por estradas de terra, o que incluiria uma travessia de rio por balsa, um trajeto fantástico que havia feito alguns anos atrás. Infelizmente eu (um gênio) esqueci de recarregar a bateria do GPS e, depois de perder muito tempo errando caminhos e perguntando aos moradores, decidimos voltar a estrada de asfalto e seguir direto para Tiradentes.

  • Onde ficamos em Tiradentes?

Chegamos a Tiradentes por volta das 17:30 e, exaustos, resolvemos nos dar ao luxo de passar a noite em uma Pousada. Encontramos opções entre 80 e 240 reais para o casal, variando de acordo com a localização e a infraestrutura disponível. Acabamos por pagar 100 reais e ficar na Contos da Serra Estalagem. Embora seja simples, a pousada é aconchegante, limpa, bem localizada e oferece TV, ventilador e frigobar dentro do quarto, além do café da manhã e estacionamento.

Contos da Serra Estalagem: (32) 3355-1213 - contosdaserra@mgconecta.com.br

  • O que fizemos em Tiradentes?

Depois de um banho quente estávamos novos e seguimos a pé para a praça central da cidade. Além de toda a história e cultura, a cidade possui todo um charme durante a noite. A praça é pequena, mas abriga bons restaurantes, bares e comércio de forma geral. Alguns deles oferecem música ao vivo de qualidade, o que forma o clima perfeito para uma boa massa ou fondeu com um vinho.

Uma vez que matamos a fome fomos andar pela cidade. Ainda na praça central fizemos uma parada obrigatória na Chocolateria Puro Cacau. Em todas as vezes que fui a Tiradentes o copo de chocolate quente desta chocolateria foi obrigatório. Eles ainda dispõe de centenas de variedades de chocolates e doces, mas estávamos satisfeitos com mais um copo de chocolate quente e um de milkshake! Antes de voltar para a Pousada e descansarmos passeamos pelo Centro Histórico, não menos charmoso durante a noite.

  • O que eu li?

http://www.ibitipoca.tur.br

http://guiadoviajante.com/index.php?s=ibitilua

http://www.viaggiando.com.br/2010/07/dicas-de-tiradentes.html